segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E por falar de flores...

Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós...

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."
(Perto do Coração Selvagem)

Eu queria que todos pudessem ler o que escrevo aqueles que concordam comigo, aqueles que discordam. Queria que todos tivessem o direito de ler, mas, que tivessem também o direito de não ler, eu queria que todos tivessem o direito de ser diferente, de pensar diferente e de agir diferente. Na verdade eu queria mais, queria que não existissem barreiras, que cada um pudesse ser quem realmente é, no fundo, no fundo, o que eu desejo, se chama liberdade.
Eu queria a liberdade de repudiar a fome, mas não ficar de braços cruzados, eu queria a liberdade de não aceitar a guerra, mas queria também a possibilidade de espalhar a paz, não só dentro de mim, ou ao meu redor mas em volta do mundo, eu queria repudiar a mentira, a hipocrisia, as inverdades, sem medo do que falar, quando e como falar, eu queria que este texto pudesse ser lido por você agora e entendido como foi feito pra ser.
Eu queria ser livre, mas não esta liberdade de vitrine, esta liberdade utópica e mitológica, esta falsa liberdade, eu queria ser livre ao menos para escolher as minhas amarras. Eu queria ser solto, leve, queria ser eu, não este eu fingido, que hipocritamente deseja bom dia, que aceita as inverdades, que faz o jogo de quem nem mesmo sabe quem, que mente, não que eu condene a mentira, pois quem não mente? Mas queria pelo menos escolher as mentiras que eu quero contar.
Eu queria não precisar está de acordo com tudo, eu queria apenas está de acordo comigo, eu nem queria aprender as verdades do mundo, queria apenas poder viver as minhas verdades, sem censura, sem mordaças, Sem este olhar cortante daqueles que me julgam diferente. Eu nem queria que me aceitasse, eu queria apenas que respeitassem a minha liberdade, meu direito de escolher, o que nem pra mim mesmo foi uma escolha.
No fim de tudo, o que eu queria mesmo, era poder conhecer a verdade e ser verdade também, não uma verdade ampla, absoluta, mas pelo menos uma verdade minha. Uma verdade que ninguém é obrigado a aceitar, mas uma verdade que é minha e que eu tenho o direito de vivê-la, sem dar conta a ninguém do que faço, do que sou, ou do que escolho, por que eu tenho o direito de ser livre.
Eu queria poder dizer liberdade! Liberdade! E sentir-me livre pra poder viver a minha própria prisão.
Maciel Araújo.

Uma linda canção

Olhe nos meus olhos
E diga o que você
Vê quando eles vêem
Que você me vê?

Olho nos seus olhos
E o que eu posso ler?
Que eles ficam melhores
Quando eles me leêm

Eu leio as suas cartas
Eu vejo a letra
Meu Deus que homem forte
Que me contempla

Sou sua mas não posso ser
Sou seu mas ninguém pode saber
Amor eu te proíbo
De não me querer

Olho nos seus olhos
E sinto que você
Faz eles brilharem
Como o astro-rei

Olhe nos meus olhos
E o que você vai ver?
Seu rosto iluminado
A Lua de um além

Eu leio as suas asas,
Borboletas
Meu Deus que linda imagem
Me atormenta

Nando Reis

O vendedor de auto - estima


Mais uma vez o sol nasceu. Não importa. Ele não espera o sol nascer para levar as suas pipocas para a calçada.
Um homem de baixa estatura, cabelos grisalhos que denunciam que ele já passou dos quarenta anos, os olhos escuros brilham o dia todo, a pele mostra que sob o sol ele trabalha diariamente, a voz grave parece não se importar de gritar para todos que passam que ele vende as melhores pipocas do mercado. O rosto traz feições felizes, uma alegria que é própria de quem está vivendo intensamente mais um dia.
Quando criança não deve ter sonhado em vender pipocas, mas a vida o tinha levado para aquele caminho e ele vive isto que as pessoas chamam de destino, com orgulho. Acredita que a calma e a realização interior são fundamentais para viver bem e em paz.
Humilde, pode ser um exemplo, ou só uma fantasia. Algumas características se revelam em menos de cinco minutos. Todas estas virtudes foram percebidas em tempo recorde, o de comprar um saquinho de pipoca.

Cinthia Maria Matos Holanda

2º ano “A” tarde.
E.E.F.M Francisco Vieira Cavalcante